Enfermeiro é preso suspeito de dopar pacientes e roubar pertences em hospitais do DF
12/09/2025
(Foto: Reprodução) Enfermeiro é preso suspeito de dopar pacientes e roubar pertences em hospitais do DF
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta sexta-feira (12), um enfermeiro de 44 anos suspeito de dopar pacientes para roubar itens pessoais das vítimas em hospitais públicos do DF.
De acordo com o delegado da 15ª Delegacia de Polícia, Ataliba Lima, o funcionário aplicava sedativos em pacientes internados no Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
Quando as vítimas perdiam a consciência, ele furtava semijoias, como alianças e correntes, entre outros pertences.
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A investigação começou em julho, depois que um paciente denunciou ter sido roubado (saiba mais abaixo). Depois que o caso foi noticiado pela TV Globo, outras pessoas procuraram a polícia e denunciaram o mesmo profissional de saúde.
O homem está afastado das funções pela Secretaria de Saúde desde julho. Ao, g1 a pasta afirmou que está "colaborando integralmente com as investigações conduzidas pela polícia e adotará todas as medidas cabíveis em relação ao caso".
Itens furtados e medicamentos apreendidos
PCDF apreendeu semijoias semelhantes às descritas pelas vítimas e medicamentos de uso restrito.
PCDF/Divulgação
O enfermeiro foi preso em casa, em Taguatinga, nesta sexta.
Durante as buscas, a polícia apreendeu semijoias semelhantes às descritas pelas vítimas e medicamentos de uso restrito – entre eles, sedativos que podem ter sido usados nos crimes.
"O inquérito reuniu provas robustas, como reconhecimentos fotográficos, depoimentos de colegas de trabalho e análise minuciosa de prontuários médicos, que revelaram inconsistências entre os medicamentos prescritos e os efetivamente aplicados. A supervisora de enfermagem também confirmou que houve desaparecimento de sedativos controlados durante os plantões do investigado" afirmou o delegado Ataliba Neto.
Segundo o delegado, nove vítimas foram identificadas até o momento.
A investigação aponta que o modo de agir era o mesmo: o enfermeiro dizia que precisava administrar alguma medicação, injetava o sedativo sem prescrição médica e, em seguida, roubava os itens.
Em um dos casos, a vítima — ainda sob efeito do sedativo – tentou dirigir para casa e bateu o carro.
O enfermeiro foi indiciado por roubo em continuidade delitiva. A pena pode chegar a 10 anos de prisão por cada crime, com aumento em razão da continuidade. Ele ainda deve passar por audiência de custódia.
Caso foi revelado pela TV Globo
Wesley Vale denuncia ter sido dopado e furtado dentro do hospital de Ceilândia.
A denúncia que deu início às investigações foi feita por Wesley Vale, que afirmou ter sido dopado e furtado no Hospital Regional de Ceilândia, em 17 de julho (veja o vídeo acima).
Ele conta diz que foi internado depois de um acidente de moto e passou por uma cirurgia no dia 16 de julho.
Segundo ele, o enfermeiro disse que aplicaria uma medicação para dor. Ao fazer o procedimento, disse que o acesso no braço estava derramando e que era preciso trocar.
Neste momento, o paciente conta ter perdido a consciência.
"A partir daí, eu não vi mais nada, apaguei totalmente. Eu só consegui retornar a consciência quando minha esposa chega e percebe que eu estava ali dormindo", fala Wesley.
Ao acordar, Wesley e a esposa notaram que ele estava sem a aliança. Ele diz ainda que o anel de um paciente que estava ao lado também sumiu.
Hospital Regional de Ceilândia no Distrito Federal.
Agência Brasília
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